No fio da navalha: anemia falciforme, raça e as implicações no cuidado à saúde

As propostas de políticas de saúde para a população negra têm uma histórica recente no cenário político brasileiro, com um destaque especial para o Programa Nacional de Anemia Falciforme (PAF). Esse programa é o resultado das ações políticas do movimento negro em prol do reconhecimento da anemia fal...

Ausführliche Beschreibung

Gespeichert in:
Bibliographische Detailangaben
Veröffentlicht in:Estudos feministas Jg. 14; H. 1; S. 243 - 262
1. Verfasser: Laguardia, Josué
Format: Journal Article
Sprache:Portugiesisch
Veröffentlicht: Centro de Filosofia e Clências Humanas - CFH Centro de Comunicação e Expressão - CCE 2006
Universidade Federal de Santa Catarina
Schlagworte:
ISSN:0104-026X, 1806-9584
Online-Zugang:Volltext
Tags: Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
Beschreibung
Zusammenfassung:As propostas de políticas de saúde para a população negra têm uma histórica recente no cenário político brasileiro, com um destaque especial para o Programa Nacional de Anemia Falciforme (PAF). Esse programa é o resultado das ações políticas do movimento negro em prol do reconhecimento da anemia falciforme como uma doença prevalente na população negra brasileira. No seio dessa ação política foram elaborados discursos sobre a anemia falciforme que ressaltam, a partir de pressupostos biológicos e epidemiológicos, o caráter racial dessa doença. O propósito deste artigo é criticar tais pressupostos, enfatizando as implicações éticas decorrentes da racialização das doenças. The political propositions in health for the black population have a recent history in the Brazilian political setting, with a special highlight to the National Program on Sickle Cell Anemia. This program is an output of political actions launched by the black movement on behalf of the recognition of sickle cell anemia as prevalent disease among Brazilian black population. Discourses on the sickle cell anemia have been built in the core of that political action, stressing, based in biological and epidemiological assumptions, the racial character of this disease. The objective of this article is to criticize those assumptions, emphasizing the ethical implications of disease racialization.
ISSN:0104-026X
1806-9584
DOI:10.1590/s0104-026x2006000100013