Distribuição espacial do uso de agrotóxicos no Brasil: uma ferramenta para a Vigilância em Saúde

Resumo O uso de agrotóxicos na agricultura brasileira é um problema de saúde pública, dadas as contaminações no ambiente, em alimentos e as intoxicações na saúde humana. Objetivou-se apresentar a distribuição espacial da área plantada de lavouras, consumo de agrotóxicos e agravos à saúde relacionado...

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Published in:Ciência & saude coletiva Vol. 22; no. 10; pp. 3281 - 3293
Main Authors: Pignati, Wanderlei Antonio, Lima, Francco Antonio Neri de Souza e, Lara, Stephanie Sommerfeld de, Correa, Marcia Leopoldina Montanari, Barbosa, Jackson Rogério, Leão, Luís Henrique da Costa, Pignatti, Marta Gislene
Format: Journal Article
Language:Portuguese
Published: ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva 01.10.2017
Subjects:
ISSN:1678-4561
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Summary:Resumo O uso de agrotóxicos na agricultura brasileira é um problema de saúde pública, dadas as contaminações no ambiente, em alimentos e as intoxicações na saúde humana. Objetivou-se apresentar a distribuição espacial da área plantada de lavouras, consumo de agrotóxicos e agravos à saúde relacionados, como estratégia de Vigilância em Saúde. Obteve-se dados de área plantada de 21 culturas predominantes, indicadores de consumo de agrotóxicos por hectare para cada cultura e agravos à saúde. Espacializou-se o consumo de agrotóxicos nos municípios brasileiros e correlacionou-se às incidências de intoxicações por agrotóxicos: aguda, subaguda e crônica. Constatou-se predomínio dos cultivos de soja, milho e cana, que juntos corresponderam a 76% da área plantada no Brasil em 2015. Pulverizou-se 899 milhões de litros de agrotóxicos nessas lavouras, com Mato Grosso, Paraná e Rio Grande Sul tendo utilizado as maiores quantidades. Os agravos à saúde apresentaram correlações positivas e significativas com o uso de agrotóxicos. A estratégia metodológica possibilitou identificar municípios prioritários para a Vigilância em Saúde e o desenvolvimento de ações intersetoriais de prevenção e mitigação dos impactos dos agrotóxicos na saúde e ambiente.
ISSN:1678-4561
DOI:10.1590/1413-812320172210.17742017